A luta por distinção na fundação da Associação Brasileira de Enfermagem
Seção Amazonas (1950)
DOI:
https://doi.org/10.51234/here.2025.v16.470Palavras-chave:
História da Enfermagem, Enfermagem, Enfermeiras e Enfermeiros, Sociedades de Enfermagem, RegistrosResumo
Objetivo: Compreender a formação da Associação Brasileira de Enfermagem Seção Amazonas como tática de distinção da categoria no contexto sociopolítico de 1950. Métodos: Estudo de análise documental, utilizando cartas e artigos do acervo da entidade como fontes principais. Complementarmente, foram analisados artigos publicados entre 1940 e 1959, disponíveis na Hemeroteca Digital Brasileira. Para fundamentar as análises, adotaram-se os conceitos de poder simbólico e distinção de Bourdieu, representação social de Chartier, estratégias e táticas com De Certeau. Resultados: A criação da Associação Brasileira de Enfermagem Seção Amazonas foi liderada por Rosaly Taborda, enviada pelo Serviço Especial de Saúde Pública para organizar a Escola de Enfermagem em Manaus. Taborda aproveitou o momento favorável e suas conexões com enfermeiras locais para fundar a seção, consolidando sua independência institucional e promovendo a legitimação da profissão no estado. A entidade desempenhou papel central na promoção da enfermagem no Amazonas, fortalecendo a organização da categoria e ampliando seu capital simbólico. Considerações Finais: A fundação da Associação Brasileira de Enfermagem Seção Amazonas foi uma tática de distinção profissional, conferindo autonomia e capital simbólico à enfermagem no contexto regional e sociopolítico da década de 1950. A criação da entidade e o estabelecimento do ensino superior em enfermagem formalizaram a presença da profissão no campo educacional amazonense, redefinindo sua imagem no imaginário social. A atuação de Rosaly Taborda ilustra a articulação de estratégias institucionais e táticas individuais, ambas cruciais para legitimar a Associação Brasileira de Enfermagem Seção Amazonas e consolidar a enfermagem na região Norte.
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