Impacto dos Grupos De Apoio na sobrecarga de cuidadores familiares em Portugal
Palavras-chave:
Comunicação Social, Relações Familiares, Avaliação de Processos em Cuidados de Saúde, Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde, Licença para Cuidar de Pessoa da Família, Vulnerabilidade SocialResumo
Objetivo: Analisar a relação entre a sobrecarga do cuidador familiar e o apoio social com a participação em grupos de apoio presenciais e virtuais. Métodos: Estudo pré-experimental. Critérios de inclusão: cuidadores informais, maiores de idade, residentes na região centro-sul de Portugal. Variável independente: participação num grupo de apoio presencial (GA), num fórum virtual (FV) ou nenhum grupo (GC). Variáveis dependentes: sobrecarga de cuidado (Índice de Esforço do Cuidador) e apoio social percebido (escala MOS). Análise descritiva, binária e multivariada com o programa estatístico SPSS 22. Resultados: Participaram 109 cuidadores, principalmente mulheres, cuidando dos seus filhos. 47,7% sofreram sobrecarga pelo cuidado, sendo mais alta no GC. O apoio social foi bom em 64,2% dos participantes, sendo maior no GA. Houve uma associação significativa com o género e a rede social (ser mulher está associado a uma maior sobrecarga, enquanto uma ampla rede social diminui a sobrecarga do cuidador). A participação num GA ou FV melhorou significativamente a rede e o apoio social. Conclusão: A participação em grupos de apoio, tanto presenciais quanto virtuais, tem uma relação positiva significativa com a redução da sobrecarga do cuidador e o aumento do apoio social percebido. Estes grupos de apoio são recursos essenciais para os cuidadores informais, ajudando a mitigar os efeitos negativos do cuidado e fortalecendo as suas redes sociais e o apoio. Portanto, promover a participação em tais grupos pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o bem-estar dos cuidadores familiares.
Descritores: Apoio social, Carga de cuidar, Cuidadores informais, Grupos de apoio, Redes sociais online.
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