Autonomia profissional da enfermeira obstétrica

Autores

  • Doris Elisabeth Ammann Saad Grupo de Apoio à Maternidade e Paternidade
  • Maria Luiza Gonzalez Riesco Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Enfermeiras Obstétricas, Autonomia Profissional, Comportamento Cooperativo, Setor Privado

Resumo

Introdução: A forma como a enfermeira obstétrica (EO) atua na assistência ao parto e como vivencia a autonomia profissional e o trabalho colaborativo dependem do local de atuação, das regras e normas da instituição, da divisão técnica do trabalho e da relação hierárquica estabelecida na equipe obstétrica. Objetivo: Descrever como a EO percebe sua inserção na equipe obstétrica e sua autonomia profissional na assistência à mulher no parto. Método: Adotou-se a abordagem qualitativa, entrevistando 15 EO de instituições de saúde privadas, em São Paulo, SP. Na análise de conteúdo, utilizaram-se os conceitos de autonomia e de trabalho colaborativo. Resultados: As EO apontaram a falta de reconhecimento de suas atribuições pelos médicos como um dos fatores que mais limitam sua autonomia e o trabalho colaborativo. Elas destacam suas competências profissionais, mas mostram dificuldades para ocupar seu lugar na equipe obstétrica em instituições privadas. Considerações Finais: Apesar da política oficial e das evidências científicas favoráveis à participação da EO no parto, sua atuação é restrita e aquém das competências profissionais estabelecidas.

Biografia do Autor

Maria Luiza Gonzalez Riesco, Universidade de São Paulo

Escola de Enfermagem.

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Publicado

03-10-2018

Como Citar

1.
Saad DEA, Riesco MLG. Autonomia profissional da enfermeira obstétrica. Rev Paul Enferm [Internet]. 3º de outubro de 2018 [citado 18º de dezembro de 2024];29(1-2-3):11-20. Disponível em: https://periodicos.abennacional.org.br/repen/article/view/436

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